Descobrindo Ferreira do Alentejo
Descobrindo Ferreira do Alentejo

Ferreira, a mulher do Ferreiro que segundo reza a lenda defendeu a cidade de " Singa" no tempo dos romanos. A mulher que, com coragem e ousadia, lançou mãos das ferramentas do marido para defender a sua cidade. É nesta história que começa a nossa incursão por Ferreira do Alentejo. Procuramos a "Ferreira" e ela lá está como que à nossa espera, eternizada numa estátua em destaque. Quando entramos na vila, o que se destaca é a emblemática Capela do Calvário das Pedras Negras: uma pequena capela circular com pedras de tom escuro cravadas no seu exterior. Esta, símbolo da terra que não comporta aventuras de turistas e estrangeiros, e que já foi mudada de local para a sua preservação em três ocasiões, é praticamente inacessível, dado que apenas podemos ver o seu interior através de uma porta de vidro, junto à entrada. 

É pequena, com o altar em destaque e um azul que nos enche o coração. Nada de terem ideias de casamentos e batizados nesta capela! Mesmo que tal seja possível, só comporta no seu interior um reduzido número de pessoas. Brincadeiras à parte a capela é linda e conseguimos trazer uma para recordação. Como conseguimos? No posto de turismo da vila encontrámos réplicas da mesma, com as pedras em vários tamanhos bem como outras peças com inspiração na vila. Ainda temos tempo para uma paragem na pastelaria "NATAS", onde compramos umas popias caiadas e uns pasteis de grão. Não tivemos sorte! As popias caiadas pareciam cavacas e os pasteis de grão tinham caído dentro de alguma garrafa de óleo. À saída voltámos a parar junto à estátua da Ferreira para voltarmos a ver a expressão de coragem e de liderança que nos transmite. E como no refrão da música dos Xutos, na voz inconfundível do Tim, nascido em Ferreira  do Alentejo, não queremos ser os únicos a poder olhar este céu azul que brilha e sempre, ficará...